O QUE É EDUCAÇÃO ESPÍRITA?
"Uma criança educada espiritualmente - Será um adulto que irá elevar-se rumo à felicidade futura"
1. CONCEITO
O que é feito na área da infância e juventude sob o nome de Educação Espírita é a divulgação do conhecimento espírita e os ensinos morais dada por Jesus, que foi apontado pelos Espíritos Superiores, que trabalharam na codificação, como um modelo de perfeição para toda a Humanidade.
Como a preocupação não é apenas com o repasse de conhecimentos, mas principalmente com a formação moral e, como a formação moral está baseada no Evangelho, pareceu mais apropriada a denominação de Evangelização Espírita, pois compreende exatamente o que ocorre durante oo nosso reuniões do grupo.
Como a preocupação não é apenas com o repasse de conhecimentos, mas principalmente com a formação moral e, como a formação moral está baseada no Evangelho, pareceu mais apropriada a denominação de Evangelização Espírita, pois compreende exatamente o que ocorre durante oo nosso reuniões do grupo.
2. OBJETIVOS:
a) Promover a integração do aluno: consigo mesmo, com Deus e com os outros;
b) Proporcionar ao aluno o estudo: a lei natural que rege o universo, a natureza, origem e destino dos espíritos, bem como sua relação com o mundo corpóreo.
c) Oferecer aos alunos a oportunidade de entender-se como: um herdeiro ser integral, crítico, participativo, de si mesmo, cidadão do universo, o agente da transformação do seu meio ambiente, para a perfeição um todo pode alcançar.
3. ESPIRITISMO E EDUCAÇÃO
O Espiritismo é um conjunto eminentemente racional do conhecimento, e possui fortes recursos para iluminar a educação com uma filosofia que transcende todas as necessidades materiais imediatas, que transcende todas as fronteiras, que revela horizontes mais amplos, que atende os interesses mais nobres, e que tem um ideal capaz de impulsionar o progresso real.
Do ponto de vista espírita, a educação começa antes do nascimento e continua após a morte do corpo físico.
"É através da educação, mais do que pela Instrução que a Humanidade será transformada."
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
O Espiritismo é um conjunto eminentemente racional do conhecimento, e possui fortes recursos para iluminar a educação com uma filosofia que transcende todas as necessidades materiais imediatas, que transcende todas as fronteiras, que revela horizontes mais amplos, que atende os interesses mais nobres, e que tem um ideal capaz de impulsionar o progresso real.
Do ponto de vista espírita, a educação começa antes do nascimento e continua após a morte do corpo físico.
"É através da educação, mais do que pela Instrução que a Humanidade será transformada."
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos
4. IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA
O principal objetivo do Espírito para retornar a um corpo de uma criança é ser educado novamente. As impressões positivas do Espírito recebe durante a infância pode ser crucial para sua existência atual e até mesmo a vida futura. É por causa do estado semi-consciente do espírito encarnado no corpo de uma criança que suas barreiras mentais de defesa são neutralizados, assim é mais macio e mais receptiva, assim como mais flexível e aberto a todas as influências ...
Daí a importância da Educação Espírita, porque espiritualmente é educar as crianças para prepará-los para enfrentar todos os tempos e de todas as adversidades da vida, segundo os postulados do Evangelho. É a única maneira de cultivar no espírito da criança, desde o alvorecer da vida, a compreensão da prática de boas ações, a aquisição da moral e do conhecimento, de modo que ela possa alcançar o crepúsculo da sua existência física consciente de suas conquistas espirituais , Sabendo-se e colocando-se no universo como colaboradora da Divindade Suprema.
5. O CENTRO ESPÍRITA E A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS
A Educação Espírita para Crianças e Jovens é o melhor caminho para o Centro Espírita para realizar um dos objetivos principais Espiritismo: transformar a todos em bons seres humanos, porque a Educação Espírita para Crianças e Jovens é uma das primeiras atividades que servem como base para o moral de um Novo Mundo.
O Centro Espírita consciente de sua missão, deve envidar todos os esforços não só para a criação da Educação Espírita para Crianças e Jovens, mas também para o seu pleno funcionamento, considerando sua importância para a preparação moral das novas gerações e a preparação de futuros profissionais de o Centro Espírita e do Movimento Espírita.
6. PROGRAMA DE ENSINO
Um programa de ensino contendo evangélica moral é o elemento-chave utilizada na preparação de nossas aulas. Este conhecimento é apresentado aos alunos através de situações práticas da vida. A metodologia empregada tem como objetivo inspirar os alunos a refletir por si mesmos e para chegar a suas próprias conclusões a respeito dos assuntos estudados, pois essa é a única forma eficaz de promover a aprendizagem real.
O currículo utilizado durante as aulas de Educação Espírita tem seu conteúdo baseado na obra da Codificação Espírita e constitui um curso de Espiritismo, que se desenvolve durante o processo de Educação Espírita.
A Educação Espírita para Crianças e Jovens é o melhor caminho para o Centro Espírita para realizar um dos objetivos principais Espiritismo: transformar a todos em bons seres humanos, porque a Educação Espírita para Crianças e Jovens é uma das primeiras atividades que servem como base para o moral de um Novo Mundo.
O Centro Espírita consciente de sua missão, deve envidar todos os esforços não só para a criação da Educação Espírita para Crianças e Jovens, mas também para o seu pleno funcionamento, considerando sua importância para a preparação moral das novas gerações e a preparação de futuros profissionais de o Centro Espírita e do Movimento Espírita.
6. PROGRAMA DE ENSINO
Um programa de ensino contendo evangélica moral é o elemento-chave utilizada na preparação de nossas aulas. Este conhecimento é apresentado aos alunos através de situações práticas da vida. A metodologia empregada tem como objetivo inspirar os alunos a refletir por si mesmos e para chegar a suas próprias conclusões a respeito dos assuntos estudados, pois essa é a única forma eficaz de promover a aprendizagem real.
O currículo utilizado durante as aulas de Educação Espírita tem seu conteúdo baseado na obra da Codificação Espírita e constitui um curso de Espiritismo, que se desenvolve durante o processo de Educação Espírita.
Fonte:. Curriculares para a Educação Espírita para Crianças e Jovens - Federação Espírita Brasileira /Educação segundo o Espiritismo, de Dora Incontri / Conceito e Filosofia da Educação - Federação Espírita Brasileira / Educação para o Espírito - Walter Oliveira Alves
Agradecimento à Cláudia Werdine
Evangelização da criança: razões e finalidades
Astolfo Olegário de Oliveira
Filho de Londrina
I
É conhecida a posição de Kardec, o Codificador do
Espiritismo, com relação ao ensino moral contido no Evangelho: "Diante
desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos
os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por
mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas
religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem,
as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a
maioria delas se apegou mais à parte mística do que à parte moral, que exige a
reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que
abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de
todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e
acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma
ponta do véu erguida sobre a vida futura" (O Evangelho segundo o
Espiritismo, Introdução, item I).
Aí está, pois, a resposta à
pergunta que dá título a este artigo. Evangelizar uma pessoa é ensinar-lhe o
caminho que leva à paz, à harmonia e à felicidade possível no mundo em que
vivemos. Mas... se é isto que nos ensina o Espiritismo, quando tal tarefa deve
começar? A resposta a esta dúvida é também por demais conhecida: na infância, esse período da
existência corpórea assim conceituado por Emmanuel: "A juventude pode ser
comparada a esperançosa saída de um barco para uma longa viagem. A velhice será
a chegada ao porto. A infância é a preparação".
Os Espíritos Superiores nos
ensinam que, encarnando-se com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito,
durante a infância, “é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe
auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de
educá-lo". (O Livro dos Espíritos, item 383.) Mais adiante, aduzem eles
que "as crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que
não lhes possam imputar excessiva seriedade, dá-lhes todos os aspectos da inocência.
Julgando os seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os
cercam dos mais minuciosos cuidados. A delicadeza da idade infantil os torna brandos,
acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É
na fase infantil que se lhes pode reformar o caráter e reprimir as suas más
tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual
terão de responder" (L.E., item 385).
Reportando-se ao assunto,
Emmanuel adverte: "O período infantil é o mais sério e o mais propício à
assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o Espírito ainda se
encontra em fase de adaptação para a nova existência. Ainda não existe uma
integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano
espiritual são, por isto, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o
caráter e estabelecer novo caminho. Passada a época infantil, atingida a maioridade,
só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e
a concepção das criaturas, porquanto a alma encarnada terá retomado o seu
patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a
luz interior dos sagrados princípios educativos" ("O
Consolador", pergunta 109). A razão é simples: é que, atingida a
maioridade, o Espírito revela seu caráter real e individual, "retoma a sua
natureza e se mostra qual era".
II
O lar será sempre, de acordo
com o Espiritismo, a melhor escola para a preparação das almas encarnadas, como
Santo Agostinho assevera no cap. 14, item 9, de "O Evangelho segundo o
Espiritismo": "Oh! espiritistas,
percebei o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo,
a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir. Cumpri com os vossos
deveres e empregai o vosso amor em aproximar essa alma de Deus. Essa a missão
que vos foi conferida e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes
fielmente", antecipando o que Emmanuel ensinaria mais tarde: "As noções religiosas, com a exemplificação
dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda educação, no sagrado
instituto da família" ("O Consolador", pergunta 108).
Enfatizando a importância da
preparação dos nossos filhos desde a primeira idade, Kardec escreveu: "É notável verificar que as crianças educadas
nos princípios espíritas adquirem uma capacidade de raciocinar precoce que as
torna infinitamente mais fáceis de serem conduzidas. Nós as vimos em grande
número, de todas as idades e dos dois sexos, nas mais diversas famílias onde
fomos recebidos e pudemos fazer essa observação pessoalmente. Isso não as priva
da natural alegria, nem da jovialidade. Todavia, não existe nelas essa
turbulência, essa teimosia, esses caprichos que tornam tantas outras insuportáveis.
Pelo contrário, revelam um fundo de docilidade, de ternura e respeito filiais
que as leva a obedecer sem esforço e as torna responsáveis nos estudos"
("Viagem Espírita em 1862", pág. 30).
O assunto foi tratado
magistralmente pelo professor Humberto Mariotti em artigo publicado na Revista
Educação Espírita, a respeito da Teoria
Aparencial da Criança, um tema que Kardec já havia examinado na obra
fundamental do Espiritismo ao ensinar que a criança aparece no mundo envergando
a roupagem da inocência.
A Teoria Aparencial da Criança mostra-nos que precisamos enfrentar a
questão da educação dessas criaturas inocentes com maior realismo, porque, se
elas são inocentes apenas na aparência e escondem sua realidade íntima nas
formas físicas em desenvolvimento, manda a boa lógica que as tratemos com mais
desembaraço. Partindo do fato aparencial, temos de encarar o desenvolvimento
infantil como um processo psicológico de afloramento, não só de disposições
culturais, mas também de conteúdos. Por trás da tábula rasa, da mente
desprovida de qualquer conhecimento – uma idéia que nos veio do empirismo
inglês – sabemos que existem as profundezas da memória espiritual, da
consciência subliminar de que tratou Frederic Myers. Humberto Mariotti deixou
isso bem claro em seu artigo. “Por trás de cada criança – escreveu ele – está o
Ser com todos os seus graus de evolução palingenésica, pois para a Educação
Espírita a infância é apenas uma etapa fugaz e cambiante e não uma condição
permanente, espiritualmente considerada.”
III
De acordo com Frederic
Myers, mais válida hoje do que em sua época, temos a mente supraliminar e a mente subliminar. Essa divisão corresponde aos
conceitos de consciente e inconsciente da Psicanálise. Essa mente que se revela
como algo mais profundo que a mente de
relação é a que podemos chamar mente de
profundidade. Suas categorias são muito mais numerosas e mais ricas do que
as da mente de relação.
Nossa mente de relação, que estabelece nossa relação com o mundo e com
os outros, repousa sobre uma espécie de patamar, abaixo do qual se encontra a
nossa mente de profundidade. Foi por
isso que Myers chamou a mente de relação de
consciência supraliminar e a mente de
profundidade de consciência subliminar. A primeira está sobre o limiar da
consciência, a segunda está abaixo desse limiar. Quando sentimos um impulso
inconsciente ou temos um pressentimento, houve uma invasão, segundo Myers, da mente de relação pelas correntes
psíquicas do pensamento e da emoção da mente
de profundidade. Há uma relação constante entre as duas formas mentais, que
aumenta na proporção em que se desenvolve o ser.
A educação espírita,
propõe-nos Herculano Pires, não pode limitar-se à mente de relação, que só representa um momento do
ser. Sabemos, graças à reencarnação, que o desenvolvimento do ser não é contínuo,
mas descontínuo. Em cada existência terrena o ser desenvolve certas
potencialidades, mas a lei de inércia o retém numa posição determinada pelos
limites da própria cultura em que se desenvolveu. Com a morte corporal ele
volta ao mundo espiritual e tem uma nova existência nesse mundo, onde suas percepções
se ampliam permitindo-lhe compreender que a sua perfectibilidade não tem
limites. Voltando a nova encarnação, ele pode reencetar com mais eficiência o
desenvolvimento de sua perfectibilidade, mas, se não receber na vida terrena os
estímulos necessários, poderá sentir-se novamente preso à condição da vida
anterior na Terra, estacionando numa repetição de estágio. É isso o que se chama
círculo vicioso da reencarnação. A
evangelização da criatura humana desde o berço tem por função evitar que ela
venha a cair nesse círculo.
Dois exemplos bastam para
ilustrar a tese acima expendida.
Jane Martins Vilela, na
edição d’ O Imortal de setembro último, reporta-se à manifestação de um
Espírito que na sessão mediúnica declarou o seguinte: “Eu vim buscar ajuda, mas
eu acho que não mereço”. “Errei demais, fiz maldade demais. Estive num navio
negreiro, onde mantinha a ordem no local. Usava um chicote com pontas de chumbo
e o descarregava sobre os negros. Eu achava que aquilo era o certo. Nem os
considerava gente. Castigava demais, abusei no poder. Desencarnei e percebi meu
erro. Depois reencarnei num subúrbio do Rio de Janeiro, esqueci minha vontade
de melhorar. Tornei-me um marginal dos piores. Matei, incitei pessoas ao uso de
drogas. Fui preso e fiquei muito tempo no presídio, até que morri baleado lá.
Estive muito tempo sofrendo, até que vi a luz que me direcionou para esta Casa.
Eu sei que errei, fracassei nessas existências. Agora eu estou com medo de
reencarnar, porque aqui no mundo espiritual vejo que tenho que melhorar, mas é
só eu ganhar um corpo de carne, reencarnar, e vou errar tudo outra vez.”
Ao ser orientado pelo
doutrinador, o Espírito perguntou-lhe: “Por que não tive acesso a essas informações
tão belas que você me traz?” “Nunca ninguém, enquanto vivi, me falou assim. Eu
só ouvia que tinha que me vingar e fazer com os outros o que fizeram comigo. E
me ensinaram a usar arma desde cedo.”
IV
André Luiz, no livro Ação
e Reação, cap. 16, pp. 213 e seguintes, relata o caso Adelino Correia,
o médium devotado ao bem que, no entanto, denotava a condição de trabalhador
em experiências difíceis. Adelino apresentava longa faixa de eczema na pele à mostra.
Certa porção da cabeça, os ouvidos e muitos pontos da face exibiam placas vermelhas,
sobre as quais se formavam diminutas vesículas de sangue, ao passo que as
demais regiões da epiderme surgiam gretadas, evidenciando uma afecção cutânea
largamente cronicificada. Além disso, acanhado e tristonho, Adelino indicava
tormentos ocultos a lhe dominarem a mente, embora seus olhos, maravilhosamente
lúcidos, evidenciassem a marca da humildade.
Adelino fora, no passado,
Martim, que matara o próprio pai e agora expiava em dura provação o crime
cometido. O pai e ele eram companheiros inseparáveis nos jogos, nos estudos, no
serviço e na caça, até que, quando contavam, respectivamente, 43 e 21 anos de
idade, o genitor resolveu casar-se com uma jovem de grande metrópole, Maria
Emília, na época com 20 anos. Martim, amado pelo pai e atraído pela jovem madrasta,
passou a experimentar torturantes conflitos sentimentais. Ele, que até então
se julgava o melhor amigo do pai, passou a detestá-lo, não lhe tolerando a
posse sobre a mulher que desejava. Foi por isso que, auxiliado por dois
capatazes de sua confiança e com aprovação da madrasta, administrou uma poção
entorpecente no pai, que estava acamado naquele dia, provocando em seguida um
incêndio no qual sua vítima indefesa veio a falecer. Morto o pai, Martim apoderou-se-lhe
dos haveres e tentou a felicidade junto com Maria Emília, mas o genitor desencarnado,
a inflamar-se em cólera, envolveu-o em nuvens de fluidos inflamados, contra os
quais o infeliz não possuía defesa...
Arrependido e devotado, na
esfera espiritual, aos serviços mais duros, Martim conquistara com o tempo
apreciáveis lauréis que lhe permitiram voltar à esfera humana para iniciar o pagamento
da larga dívida em que se onerou. Atirado a imensas dificuldades materiais,
desde cedo cresceu órfão de pai, mas, custodiado por benfeitores da colônia,
foi conduzido a uma casa espírita, ainda muito jovem, onde a leitura dos
princípios espíritas constituiu para ele recordações naturais dos ensinamentos
assimilados na colônia espiritual de onde viera.
Tanto num caso, o do
Espírito fracassado e temeroso de novos tentames reencarnatórios, quanto na
história de Adelino, observa-se a importância dos estímulos a que se refere
Herculano Pires para que a vida de relação seja enriquecida pelos princípios
apreendidos no passado e enfatizados por ocasião da chamada programação
reencarnatória. No primeiro caso, o do sofredor citado por Jane, não se
registrou estímulo algum de ordem superior. Mas no caso de Adelino, sim, e isso
foi fundamental para a recuperação do criminoso arrependido.
QUEM É O EVANGELIZADOR
Abençoados os lidadores da orientação espírita, entregando-se afanosos e de boa vontade ao plantio da boa semente!Guillon Ribeiro1
Considerando-se que o coração
infantojuvenil é abençoado solo onde se deve albergar a sementeira de
vida eterna (Vianna de Carvalho), a evangelização espírita apresenta-se
como verdadeiro campo de semeadura e o evangelizador como responsável
semeador.
Sua ação deve ser pautada nos princípios
da fraternidade, do afeto e da fidelidade doutrinária, de modo a
oportunizar às crianças e aos jovens momentos de aprendizado e de
convívio com vistas ao conhecimento espírita e à vivência dos
ensinamentos de Jesus.
Sensibilidade, coerência, empatia,
responsabilidade, conhecimento, alegria e zelo são algumas das
características dos evangelizadores, que buscam a construção de espaços
interativos de aprendizado e de confraternização junto aos
evangelizandos.
Para tanto, o evangelizador deve valer-se da adequada e contínua preparação pedagógica e doutrinária, para que
[…] não se estiolem
sementes promissoras ante o solo propício, pela inadequação de métodos e
técnicas de ensino, pela insipiência de conteúdos, pela ineficácia de
um planejamento inoportuno e inadequado. Todo trabalho rende mais em
mãos realmente habilitadas.” (Guillon Ribeiro1).
Mediante a relevância da ação
evangelizadora, Bezerra de Menezes2 sintetiza o caminho a ser trilhado,
afirmando que “com Jesus nos empreendimentos do Amor e com Kardec na
força da Verdade, teremos toda orientação aos nossos passos, todo
equilíbrio à nossa conduta”, e convida a todos para abraçarem, com
empenho e afinco, a tarefa de evangelização junto às almas
infantojuvenis, “com a mesma ansiedade e presteza com que o agricultor
cedo acorda para o arroteamento do solo, preparando a sementeira de suas
esperanças para abundantes messes da colheita pretendida”.
1Guillon Ribeiro (Página recebida em 1963, durante o 1o Curso de Preparação de Evangelizadores — CIPE, realizado pela Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB)
2Bezerra de Menezes (Mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em sessão pública no dia 2/8/1982, na Casa Espírita Cristã, em Vila Velha, Espírito Santo. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB)
http://www.dij.febnet.org.br/blog/evangelizacao-espirita/o-que-e-evangelizacao/quem-e-o-evangelizador/
A TAREFA DE EVANGELIZAR
A tarefa de evangelizar, no fundo,
consiste num diálogo entre o evangelizador e a criança, que se
estabelece a partir do desejo do primeiro, de colaborar com o
companheiro na fase infantil, na busca do conhecimento e da vivência do
bem e, do segundo, da necessidade de imprimir novos rumos aos seus
passos, na existência terrena.
Convergindo esses interesses para uma
mesma finalidade, resultam daí mudanças significativas na conduta de
cada um em virtude da chama vibrante, que aquece os sentimentos daqueles
nela envolvidos.
Essa chama, que pode ser denominada de
amor, não conhece obstáculos intransponíveis e leva no seu bojo a força
capaz de transformar os indivíduos, e, em conseqüência, a sociedade.
(Cecília Rocha - Livro: Pelos Caminhos da Evangelização, pag.34- FEB)
http://evangelizacaoinfantil.com.br/index.php/evangelizar/espaco-do-evangelizador/272-a-tarefa-de-evangelizar
A GERAÇÃO NOVA - JUSTIVICATIVA DA ARTE DE EVANGELIZAR
De duas maneiras se opera a marcha
progressiva da Humanidade: uma, gradual, lenta, imperceptível, a
traduzir-se na melhora dos costumes, nas leis, nos usos, melhoras que só
com a continuação se podem perceber.
A outra por movimentos relativamente
bruscos, semelhantes aos de uma torrente que rompendo os diques que a
continham, transpõe nalguns anos o espaço que levaria séculos para
percorrer.
Tornada adulta, a Humanidade tem novas
necessidades, aspirações mais vastas e mais elevadas, já não encontra no
estado de coisas, as satisfações legítimas. (3)
É a um desses períodos de transformação ou de crescimento moral que ora chega a Humanidade.
Somente o progresso moral pode assegurar
aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente
esse progresso pode fazer que entre os homens reine a concórdia, a paz, a
fraternidade.
Será ele que deitará por terra as
barreiras que separam os povos (...) ensinando os homens a se
considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente (...).
(4)
O Espiritismo pode dar aos homens a base necessária para que essas reformas morais se desenvolvam, completem e consolidem.
A Evangelização Espírita será uma
poderosa alavanca capaz de auxiliar a humanidade nesse processo de
regeneração e evolução moral.
A época atual é de transição,
confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto
intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se
assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são
peculiares. (5)
A geração que desaparece levará consigo
seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais
pura, imbuída de idéias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional
movimento no sentido de progresso moral que assinalará a nova fase da
evolução humana. (6)
Necessário será estimular os espíritos
que estão reencarnando nessas novas bases, a mudanças de comportamentos,
organizando programas de esclarecimento, ao mesmo tempo em que se lhe
desperta o desejo de renovação do espírito.
A essa geração nova cabe fundar a era do
progresso moral e se distinguirão por possuírem inteligência e razão
inquestionavelmente precoces, associados ao sentimento inato do bem.
Ao se cogitar da Evangelização da
Criança e do Jovem, nessa nova fase de desenvolvimento, não se pode
esquecer as experiências passadas, por meio das quais foi evoluindo a
Humanidade, as conquistas científicas e sociais já alcançadas e a
necessidade de continuar progredindo buscando agora a renovação moral.
Pois, a regeneração da Humanidade, não
exige a renovação integral dos espíritos: basta uma modificação em suas
predisposições morais. Essa modificação se opera em quantos lhe estão
predispostos, desde que sejam subtraídos à influência perniciosa do
mundo (7) e estimulados a atitudes de auto aperfeiçoamento aonde irão se
transformando e, consequentemente, contribuindo para transformar a
realidade que o cerca.
Esse progresso deverá estar mais ligado
aos sentimentos, comportamentos e atitudes do que ao desenvolvimento do
intelecto, pois conhecimentos científicos o homem já acumulou em grande
escala, haja vista o avanço da ciência e da tecnologia em nosso mundo.
Faz-se necessário, então, estimular a
vivência evangélica, despertando os homens para a prática da caridade e
da fraternidade legítimas, atitudes capazes de realizar as modificações
evolutivas que lhes assegurarão a felicidade na Terra. Esse programa
pode fazer que entre os homens reine a concórdia e a paz.
Vivenciando os princípios espíritas, os
homens se integrarão com seus pares e com o meio social mais amplo,
contribuindo para a construção de um mundo mais evangelizado. (9)
A Evangelização Espírita, por considerar
um passado de experiências e com vistas num futuro que se estende além
da vida física, abrirá perspectivas novas nesse processo de renovação,
adaptando-o às diferentes necessidades que surgirão com o
desenvolvimento cultural e espiritual daqueles que estarão habitando a
Terra.
(...) Ela se impõe com a exigência dos
tempos. Só ela poderá orientar os espíritos para a formação do homem
novo, consciente de sua natureza e do seu destino, bem como de pertencer
à Humanidade cósmica e não aos exíguos limites da Humanidade
terrena.(...) (8)
E o Espiritismo, pelo seu poder
moralizador e pelas suas tendências progressistas, abrangendo uma imensa
generalidade de questões, secundará a Humanidade nessa conquista.
O programa de Evangelização do Homem
estará baseado nos recursos pedagógicos trazidos pelos ensinos de Jesus e
na ciência do Espírito codificada por Kardec, que se encarregarão de
realizar a grande e profunda renovação educacional, necessária ao
progresso.
Apoiando-se nesses paradigmas, lembramos
que Jesus afirmou a necessidade de transformação do homem velho em
homem novo e é nesse sentido que a sua pedagogia deverá ser aplicada,
nos programas de Evangelização Espírita do Homem, agora e no futuro.
Referências Bibliográficas:
1. kardec, Allan. A Geração Nova. In: A Gênese. Trad. Guillon Ribeiro. 48 Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005, Cap.17, item 27, p.418.
2. idem , In:Sinais dos Tempos, item 5, p. 403.
3. idem. Item 14.
4. idem . item 19.
5. idem. Item 20.
6. idem. Item 28.
7. idem. Item 33.
8.Pires, Herculano. Formação do homem novo. In: Pedagogia Espírita. ed. Edicel. São Paulo, 1985, p.61.
9. Rocha, Cecília e equipe. O Evangelizando. In: Currículo para Escola de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, p.14.
http://evangelizacaoinfantil.com.br/index.php/evangelizar/espaco-do-evangelizador/425-a-geracao-nova-justificativa-da-arte-de-evangelizar
CHICO XAVIER E A EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA
Desde 1927 que o estimado médium Francisco Cândido Xavier se dispôs
ao mandato mediúnico, enriquecendo-nos com os ensinamentos espirituais
que, profundamente, emanam de suas obras.
À medida que as mensagens surgiam de sua
abençoada psicografia, nov\os conceitos se desdobram acerca dos temas
fundamentais da Doutrina Espírita, nos incentivando a valorizar o mundo
em que vivemos e a cuidar do nosso aperfeiçoamento moral,
descortinando-nos o passado longínquo e conclamando-nos a viver o
presente de tal maneira que o futuro nos ofereça melhores perspectivas
de evolução, para edificar nossa própria felicidade.
Em 1947 a Espiritualidade, por seu
intermédio, desperta-nos a atenção para a importância da evangelização
da criança, através de sua primeira obra destinada aos pequeninos: “o
Caminho Oculto”, mostrando-nos que, no trabalho do bem e na conduta
cristã, alcançaremos uma vida melhor.
Redobraram-se os esforços no sentido de programar com eficiência a evangelização da infância em nossa Pátria.
Correspondendo aos esforços dos
tarefeiros da orientação cristã da criança, a Espiritualidade, por
intermédio de Chico Xavier, nos felicita, naquele ano, com outras obras
infantis: “Os filhos do grande Rei”, “Mensagem do pequeno morto”,
”História de Maricota” e “Jardim de Infância”.
A tarefa da Evangelização ganhou corpo
e, desde então, buscaram-se os recursos da Pedagogia, da Didática, da
Psicologia e outros para a orientação evangélica à criança, com o
trabalho ganhando novas dimensões, não só em Minas Gerais, como em todo o
País. Cursos, Encontros, Simpósios e outras atividades se multiplicaram
em todos os Estados, elaborando-se Programas e Currículos
especializados para utilização nas Escolas Espíritas de Evangelização.
Evangelizar não é tão simples como pode
parecer a primeira vista. Surgem os percalços, as dúvidas e os
obstáculos naturais do caminho. Mas a Espiritualidade sempre atenta às
nossas necessidades,clareando os caminhos a serem palmilhados, mas uma
vez se vale do esforço e dedicação de Chico Xavier, com novas obras, nas
quais, se destacam: contos, páginas evangélicas, histórias, referências
práticas, idéias básicas, conclusões evangélico-doutrinárias e outros
recursos que hoje constituem rotina na tarefa da evangelização infantil.
Dentre estas obras destacamos: Alvorada Cristã (1948), destinada aos
adolescentes; Jesus no Lar (1952), destacando a importância da vivência
evangélica e Pai Nosso (1952), numa linguagem infantil gostosa de ler e
analisar.
Ressaltando mais a importância do lar no
processo de evolução do Espírito, Chico Xavier torna-se o
intermediário, em 1960, de O Evangelho em Casa, obra que valoriza e
orienta o culto cristão do Evangelho no lar.
A pontualidade mediúnica deste
incansável instrumento do Bem, nos proporciona, no período de 1961 a
1976, outras obras, tais como: “Juca Lambisca”, Cartilha do Bem”,
“Timbolão” e “Natal de Sabina”.
Inspirados no labor mediúnico de Chico
Xavier, os Evangelizadores de todos os recantos de nossa Terra, vêm se
multiplicando e conjugando esforços no sentido de oferecer à nova
geração brasileira os valores do Evangelho de Jesus, clarificado pelas
luzes da Doutrina Espírita, uma vez que, somente quando, em cada
município brasileiro estiver funcionando uma Escola Espírita de
Evangelização (EEE), teremos efetivamente,, concretizada a destinação
que nos está reservada pela Espiritualidade Superior de tornar o Brasil o
Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Maria José Abreu - DEC – União Espírita Mineira
Fonte: O Espírita Mineiro, Ano LXXIX, Belo Horizonte, maio / agosto 1987, N˚ 202, página 5.
http://evangelizacaoinfantil.com.br/index.php/evangelizar/espaco-do-evangelizador/286-chico-xavier-e-a-evangelizacao-da-crianca
A CRIANÇA E O DESENHO LIVRE
Após a aula vem atividades!
Quando ministramos o desenho livre em nossas atividades estamos estimulando o desenvolvimento psíquico- emocional da criança.
É através do desenho livre que ela manifestará suas emoções.
Sugira um tema para o desenho e deixe a criatividade da criança trabalhar.
É através do desenho livre que ela manifestará suas emoções.
Sugira um tema para o desenho e deixe a criatividade da criança trabalhar.
Elogie, moderadamente para estimular. Pergunte o que ela desenhou.
O respeito pelo desenho é muito importante!
O respeito pelo desenho é muito importante!
Ali está gravado suas impressões emocionais.
O trabalho com desenho livre facilita na
evangelização, pois através das formas e cores podemos sentir o estado
vibratório da criança e assim, recolhendo informações pessoais para o
preparo da próxima aula.
Se policie para nunca falar p.ex. - isso não é uma casa, uma casa é assim... Não faça o desenho para ela. deixa-a trabalhar.
Hoje vemos crianças, adolescentes jovens e adultos com dificuldades em desenhar. - Dizem não saber! Que seu desenho é feio... Um horror!
Hoje vemos crianças, adolescentes jovens e adultos com dificuldades em desenhar. - Dizem não saber! Que seu desenho é feio... Um horror!
Supostamente foram reprimido em sua criatividade na infância.
Nosso dever é ajudar o desenvolvimento da
criança, ajudando-a a crescer com segurança e com poder de decisões.
Para que usem sabiamente o seu livre-arbítrio.
Sempre com orientação e não repressão.
ASSIM NÃO DÁ
Dar brindes a quem faz a tarefa corretamente ...
Muitos professores dão doces, figurinhas ou brinquedos a quem acerta uma atividade. Eles acreditam que o aluno vai associar o esforço em aprender ao prazer de receber o presente – e assim tomará gosto pelos estudos. Isso é um grande engano. Ao dar brindes a quem faz corretamente uma tarefa, você passa a mensagem de que todo o esforço merece uma gratificação material e esquece que a principal recompensa está no próprio ato de aprender – passar do patamar de desconhecimento para o de conhecimento.
Quem trabalha com crianças certamente já se deparou com um aluno feliz dizendo: “Quer ver? Eu já sei ler!” Esse orgulho em aprender deve ser a principal motivação da turma. Melhor do que premiar que acerta é valorizar o esforço de cada um. Elogie as conquistas, mas nunca tente comprar a garotada com presentes.
Para saber mais sobre o assunto em questão, confira O Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem Telma Weisz/ Ana Sanches Ed. Ática
Elaine Saes
O EVANGELIZADOR ESPÍRITA POR CLÁUDIA WEDINE
Para a execução desta tarefa de tão grande responsabilidade, os evangelizadores espíritas, cada vez mais conscientizados da importância do seu trabalho, estudam a Doutrina Espírita, aprofundando conhecimentos doutrinários; e se aperfeiçoam ou se preparam em técnicas de ensino, para melhor atender às exigências do processo ensino-aprendizagem.
Aliás, a única exigência, em termos de conhecimento, que se deve fazer em relação ao preparo daquele que se propõe evangelizar, é a do domínio prévio do Espiritismo. Quem não tiver este domínio não está em condições de atender aos objetivos da tarefa, ainda que possuidor de grande boa vontade. Esta é uma maneira de assegurar o cumprimento dos objetivos propostos para a Evangelização Espírita das novas gerações.
A falsa concepção de que o candidato a evangelizador, tendo boa vontade, dispensa os conhecimentos doutrinários tem causado muitos prejuízos à eficiência do trabalho.
Além do mais, a boa vontade se manifesta exatamente pelo esforço que o candidato faz para adquirir os conhecimentos que são indispensáveis ao seu ministério. Boa vontade de aprender, de se aprimorar, de enriquecer seus recursos pessoais (intelectuais e afetivos), esta sim, seria uma qualidade básica para outras aquisições que venha a conquistar.
Devemos ressaltar que não basta somente ser um profundo conhecedor do Espiritismo para ser um evangelizador, é preciso também um amor infinito, aliás, segundo Pestalozzi, o amor é o eterno fundamento da educação. O amor é condição sem a qual não se pode promover a Evangelização Espírita das novas gerações. Amor este que nos leva a trabalhar, diariamente, nossa reforma íntima, pois o evangelizador espírita deve ser aquele que, antes de falar, exemplifica; antes de teorizar, sente e antes de ser um educador, é um ser humano.
O amor pressupõe renúncia, dedicação, fé, perdão sincero, perseverança, entre outros sentimentos de igual valor, para que se concretize a obra de educação dele fundamentada.
Quando, como educadores, começamos a enumerar dificuldades, obstáculos instransponíveis, problemas pessoais e circunstâncias impeditivas à completa realização da nossa tarefa, significa que ainda não somos capazes de amar no sentido pleno desta palavra. Meditemos nisso!
“Caros Evangelizadores,
Fomos convocados a realizar uma obra específica no campo do bem, cujo Mestre e responsável maior pela sua execução coloca ao nosso alcance os recursos necessários, respeitando, porém, a nossa disposição de agir.
São poucos, por hora, os que dispõem à ação. Mas já aprendemos com Jesus a lição do fermento que á capaz de levedar a massa toda! Sejamos o fermento pela força da nossa convicção e da nossa certeza na excelência da tarefa a que nos propomos.
Outros se juntarão a nós, se dermos o exemplo da perseverança e da fidelidade aos princípios estabelecidos para este trabalho pelo Cristo de Deus. O nosso exemplo pode arrastar multidões pela força que lhe é intrínseca, pelos objetivos que norteiam a tarefa.
Quem caminha rumo à espiritualização, com certeza não caminha só, como também, em boa companhia. Quem não desiste no meio do caminho, encoraja os que o acompanham a prosseguir, colaborando para que a caravana não se enfraqueça e siga, unida, até o fim.
Perseverar no trabalho anônimo e produtivo que não recebe os aplausos do mundo, porque não fica na evidência social, é dar testemunho de alta compreensão dos planos de Jesus, relativos à nossa melhoria espiritual. A tarefa de evangelização da criança e do jovem é um desses trabalhos. Plantar, na mente e nos sentimentos da nova geração, a semente de uma sociedade altruísta é investir no futuro, com apreciáveis possibilidades de êxito.
Para tanto, necessita o evangelizador estar convencido da importância e do alcance do seu trabalho, condição sem a qual não terá forças suficientes para enfrentar os obstáculos de várias naturezas que comumente se antepõem às nobres realizações.
Fortificado no seu ideal, poderá o evangelizador cumprir tarefa sócio espiritual de grande valia e arrastar, com seu exemplo, aqueles que, embora ainda indecisos, se inclinam a seguir um bom modelo.”
(Cecília Rocha, Pelos Caminhos da Evangelização – FEB.)
Bibliografia:
Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB
Pelos Caminhos da Evangelização − Cecília Rocha – FEB
Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB
O Livro dos Espíritos −Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri
Entrevista com Divaldo Franco – A Importância da Evangelização – IDE
COMO NÃO PERDER A CALMA COM OS PEQUENOS? Tomar consciência de que, às vezes, nos falta auto-controle já é um grande passo. A raiva e a frustração podem se decorrentes de uma expectativa muito alta que criamos com base em uma concepção ideal de criança. Para lidar com os pequenos, precisamos conhecê-los e entender com pensam e agem em cada fase de desenvolvimento. Esse aprendizado nos faz perceber que as reações tidas como "irritantes" - empurrões, choro, desatenção, mordidas, gritos etc. - são inerentes à infância. A prática pedagógica fundamentada nesse saber permite que você organize um ambiente estimulante e realize intervenções construtivas, que vão lhe trazer mais segurança e tranquilidade para lidar com a turma. "É preciso deixar de lado o paradigma da criança perfeita a aceitá-la como é de verdade, e não como desejamos que seja."
COMO LIDAR COM ALUNOS QUE APRESENTAM ALTO GRAU DE ANSIEDADE? Existem muitas situações em que a ansiedade pode estar presente, antes de provas, na hora de formar grupos etc. Para planejar suas intervenções, observe em quais momentos os alunos ficam ansiosos e como isso se manifesta. Analise se a rotina de aula não está contribuindo para o problema ao deixá-los muito tempo sem fazer nada.Inclua todos no planejamento de atividades e projetos para que saibam as etapas com antecedência. Procure demonstrar empatia, usando linguagem descritiva "Percebo que você quer contar sua ideia, espere só mais um pouco. Assim que seu colega terminar, será sua vez".Com isso, você auxilia os mais ansiosos a identificarem seus sentimentos e, aos poucos, desenvolverem mecanismos de autocontrole. Por fim, evite rótulos e críticas, pois só pioram a situação.(Telma Vinha - prof. psicologia educacinal Unicamp)
O QUE FAZER QUANDO UM ALUNO ME XINGA E ME DESRESPEITA? Alguns alunos precisam de intervenção para aprender a se expressar com respeito. O ideal é que, em uma conversa privada, você coloque a ele o que sentiu. Ouça-o também e legitime os sentimentos dele. Diga ter entendido que ele esteja bravo, mas que há formas não ofensivas de se manifestar. Peça que o próprio estudante as aponte. Com isso, você mostra como resolver conflitos de maneira assertiva. Punições controlam o problema só por um tempo, pois não promovem a tomada de consciência das reais consequencias dos atos. Tirar pontos por comportamentos, uma atitude comum, é um uso abusivo do nosso poder e desvirtua o processo de avaliação, que deve contrar-se na aprendizagem. (Luciene Tognetta - grupo de estudo e pesquisa em educação moral da Unicamp)O EVANGELIZADOR EDUCADOR
A capacitação permanente é um dos requisitos fundamentais para
que um evangelizador espírita consiga desincumbir-se a contento da
sublime tarefa que abraçou. Capacitação aqui significa desenvolver e aperfeiçoar capacidades, desenvolver as que se encontram latentes e aperfeiçoar as que já estejam afloradas.
Capacitamos-nos quando estudamos com regularidade, continuidade e recolhimento o Espiritismo, conforme a proposta do Codificador, na introdução ao estudo da Doutrina Espírita, de O Livro dos Espíritos. Igualmente, quando participamos de encontros que ensejam reflexões e estímulos para mudanças, ouvimos os evangelizadores mais experientes e nos abrimos para aprender com os mais novos. Outro aspecto dessa capacitação, que é primordial, e sem o qual o anterior ficará comprometido, é a própria transformação moral do evangelizador, pois serão seus exemplos, mais do que suas palavras e práticas pedagógicas, que irão sensibilizar os evangelizandos.
A expressão evangelizador espírita é proposital e serve para distinguir quem evangeliza à luz do Espiritismo daqueles que evangelizam à luz de outra denominação religiosa que se apoie ou diga se apoiar no Cristianismo. Não se trata de um preciosismo, mas de uma distinção definidora de postura.
Significa ler e interpretar o Evangelho pela ótica da Doutrina Espírita, isto é, com racionalidade, lógica, retirando o espírito da letra, com respeito à diversidade cultural, étnica, econômica, social, religiosa, sexual, por meio de práticas libertadoras onde o Espírito reencarnado seja convidado a ampliar seu campo de consciência, se conhecendo e se solidarizando com as necessidades do seu próximo.
Outra distinção relevante é aquela que nos conduz a pensar que evangelizar com o Espiritismo é diferente de evangelizar para o Espiritismo.
Quando evangelizamos com o Espiritismo estamos baseando nosso planejamento e tudo o que ele comporta (conteúdos, concepção de ensino e de aprendizagem, critérios de avaliação, metodologia, fins, objetivos, recursos, grau de participação dos evangelizandos e seus respectivos pais etc.) na visão de mundo, de ser humano e de evolução que o Espiritismo engloba. Nesse caso, a proposta educativa espírita define os nossos objetivos e se constitui no eixo, no norte mesmo de tudo que venhamos a incluir ou excluir em nossa prática evangelizadora.
É próprio dessa perspectiva, trabalharmos visando a formação do homem de bem, do cidadão consciente, com visão crítica, política, cultural, mas com tudo isso alicerçado e permeado pelo Evangelho segundo a interpretação espírita. Nessa ótica, não se deve perder de vista que a família e a escola são agentes que se associam ao nosso trabalho, ora convergindo ora divergindo, mas atuando decisivamente na formação daqueles que estamos evangelizando.
Quando pensamos em evangelizar para o Espiritismo, definimos uma visão e uma postura estreita, onde os objetivos podem se restringir a formar futuros trabalhadores para as casas espíritas, pessoas que pensem na Doutrina como um fim e não como um meio de aperfeiçoamento intra e interpessoal.
Nesse caso, o foco é formar espíritas e, caso alcancemos esse objetivo de caráter tão estreito, esse seria o principal indicador de êxito da nossa ação evangelizadora.
Interessante também pensar que nem todo educador é um evangelizador, mas todo bom evangelizador espírita há de ser um genuíno e verdadeiro educador.
A competência para essa sublime tarefa também pode vir com o tempo, com o aprendizado recolhido dos êxitos e fracassos e ainda que traga experiências reencarnatórias relevantes, o evangelizador espírita não estará dispensado da tarefa de ampliar seus conhecimentos e melhorar-se moralmente.
Allan Kardec aponta em nota da questão 917 de O Livro dos Espíritos, três importantes e acessíveis requisitos que todo evangelizador pode e deve adquirir. Diz o Codificador que a educação é a chave do progresso moral, é uma arte que nos permite manejar os caracteres ou características dos educandos e que é preciso para entendê-la, assim como entendemos e manejamos as inteligências, da presença de tato, muita experiência e profunda observação.
Sabemos que a experiência vem com o tempo, da mesma maneira que o tato e a profunda observação. Para isso é importante que o evangelizador queira evangelizar evangelizando-se, que se identifique com esse tipo de tarefa, goste de estudar, tenha curiosidade em aprender e tenha também uma razoável autoestima, de modo que consiga convencer (esclarecer) e converter (tocar o coração) dos seus evangelizandos.
A presença de uma boa autoestima facilitará o trabalho de conduzir os evangelizandos a uma autoaceitação do que são e como são, instrumentalizando-os com coragem e conhecimentos para as transformações necessárias que vieram fazer.
Parafraseando Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, quando escreve sobre Os bons espíritas, no capítulo XVII, item 4, diremos que se reconhece o verdadeiro evangelizador por sua vontade em manter-se permanentemente atualizado e pelos esforços constantes que emprega em aplicar a si o que ensina aos seus evangelizandos.
Capacitamos-nos quando estudamos com regularidade, continuidade e recolhimento o Espiritismo, conforme a proposta do Codificador, na introdução ao estudo da Doutrina Espírita, de O Livro dos Espíritos. Igualmente, quando participamos de encontros que ensejam reflexões e estímulos para mudanças, ouvimos os evangelizadores mais experientes e nos abrimos para aprender com os mais novos. Outro aspecto dessa capacitação, que é primordial, e sem o qual o anterior ficará comprometido, é a própria transformação moral do evangelizador, pois serão seus exemplos, mais do que suas palavras e práticas pedagógicas, que irão sensibilizar os evangelizandos.
A expressão evangelizador espírita é proposital e serve para distinguir quem evangeliza à luz do Espiritismo daqueles que evangelizam à luz de outra denominação religiosa que se apoie ou diga se apoiar no Cristianismo. Não se trata de um preciosismo, mas de uma distinção definidora de postura.
Significa ler e interpretar o Evangelho pela ótica da Doutrina Espírita, isto é, com racionalidade, lógica, retirando o espírito da letra, com respeito à diversidade cultural, étnica, econômica, social, religiosa, sexual, por meio de práticas libertadoras onde o Espírito reencarnado seja convidado a ampliar seu campo de consciência, se conhecendo e se solidarizando com as necessidades do seu próximo.
Outra distinção relevante é aquela que nos conduz a pensar que evangelizar com o Espiritismo é diferente de evangelizar para o Espiritismo.
Quando evangelizamos com o Espiritismo estamos baseando nosso planejamento e tudo o que ele comporta (conteúdos, concepção de ensino e de aprendizagem, critérios de avaliação, metodologia, fins, objetivos, recursos, grau de participação dos evangelizandos e seus respectivos pais etc.) na visão de mundo, de ser humano e de evolução que o Espiritismo engloba. Nesse caso, a proposta educativa espírita define os nossos objetivos e se constitui no eixo, no norte mesmo de tudo que venhamos a incluir ou excluir em nossa prática evangelizadora.
É próprio dessa perspectiva, trabalharmos visando a formação do homem de bem, do cidadão consciente, com visão crítica, política, cultural, mas com tudo isso alicerçado e permeado pelo Evangelho segundo a interpretação espírita. Nessa ótica, não se deve perder de vista que a família e a escola são agentes que se associam ao nosso trabalho, ora convergindo ora divergindo, mas atuando decisivamente na formação daqueles que estamos evangelizando.
Quando pensamos em evangelizar para o Espiritismo, definimos uma visão e uma postura estreita, onde os objetivos podem se restringir a formar futuros trabalhadores para as casas espíritas, pessoas que pensem na Doutrina como um fim e não como um meio de aperfeiçoamento intra e interpessoal.
Nesse caso, o foco é formar espíritas e, caso alcancemos esse objetivo de caráter tão estreito, esse seria o principal indicador de êxito da nossa ação evangelizadora.
Interessante também pensar que nem todo educador é um evangelizador, mas todo bom evangelizador espírita há de ser um genuíno e verdadeiro educador.
A competência para essa sublime tarefa também pode vir com o tempo, com o aprendizado recolhido dos êxitos e fracassos e ainda que traga experiências reencarnatórias relevantes, o evangelizador espírita não estará dispensado da tarefa de ampliar seus conhecimentos e melhorar-se moralmente.
Allan Kardec aponta em nota da questão 917 de O Livro dos Espíritos, três importantes e acessíveis requisitos que todo evangelizador pode e deve adquirir. Diz o Codificador que a educação é a chave do progresso moral, é uma arte que nos permite manejar os caracteres ou características dos educandos e que é preciso para entendê-la, assim como entendemos e manejamos as inteligências, da presença de tato, muita experiência e profunda observação.
Sabemos que a experiência vem com o tempo, da mesma maneira que o tato e a profunda observação. Para isso é importante que o evangelizador queira evangelizar evangelizando-se, que se identifique com esse tipo de tarefa, goste de estudar, tenha curiosidade em aprender e tenha também uma razoável autoestima, de modo que consiga convencer (esclarecer) e converter (tocar o coração) dos seus evangelizandos.
A presença de uma boa autoestima facilitará o trabalho de conduzir os evangelizandos a uma autoaceitação do que são e como são, instrumentalizando-os com coragem e conhecimentos para as transformações necessárias que vieram fazer.
Parafraseando Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, quando escreve sobre Os bons espíritas, no capítulo XVII, item 4, diremos que se reconhece o verdadeiro evangelizador por sua vontade em manter-se permanentemente atualizado e pelos esforços constantes que emprega em aplicar a si o que ensina aos seus evangelizandos.
http://www.mundoespirita.com.br/?materia=o-evangelizador-educador
Nesse contexto, ganha centralidade a figura educativa do evangelizador da infância e da juventude, tendo em vista a tarefa que desempenha junto às novas gerações.
O evangelizador espírita é um mediador, que problematiza os conteúdos do Evangelho à luz do Espiritismo, buscando aprimorar nos evangelizandos e em si mesmo os caracteres intelectuais e morais.
Seu trabalho é crítico, por excelência, devendo ser libertador e emancipador de todas as formas de ignorância, que atrelam o Espírito ao orgulho e ao egoísmo.
Em seu belo e profundo livro, Reflexões pedagógicas à luz do Evangelho, Sandra Borba, com sua larga experiência como evangelizadora e educadora, aponta alguns caminhos importantes que, a meu ver, sendo trilhados, podem contribuir para uma melhor formação desse evangelizador da Nova Era.
Ressalta a necessidade de se estudar criticamente o Espiritismo, ampliando nossa compreensão da Doutrina, do Movimento Espírita e da sociedade em que vivemos, atuando com visão de futuro.
Defende, em seguida, o imperativo do autoconhecimento para que haja autotransformação, sem que isso nos distancie dos problemas do mundo, no qual precisamos intervir, tendo em vista a nossa missão de Espíritos reencarnados na Terra. Este item ganha relevo quando pensamos que o evangelizador espírita, assim como todo educador, é um espelho, no qual se miram crianças e jovens.
Afirma que, no modelo de liderança de Jesus, reside a chave para as nossas lideranças situacionais, locais e regionais no Centro e no Movimento Espírita como um todo. Chave para abrirmos portas, desatarmos nós em nossas relações interpessoais, facultarmos espaços para a renovação em nossas fileiras, ancorados sempre no espírito de equipe exemplificado pelo Mestre.
Além desses indicadores iniciais, indispensáveis para o êxito do evangelizador espírita, Sandra sinaliza algumas características que, existindo ou sendo desenvolvidas na personalidade de quem evangeliza, poderão contribuir favoravelmente para que a evangelização decole rumo ao sucesso. Vejamo-las, com algumas modificações do texto original:
- Considerar o valor de cada pessoa e investir para que a criatura se perceba valorosa, ampliando seus horizontes e conquistas intelecto-morais.
- Conhecer as necessidades do grupo e das individualidades.
- Buscar a unidade do grupo em torno dos objetivos.
- Ser um estimulador de múltiplas aprendizagens.
- Exercitar a empatia no ouvir e no agir.
- Procurar ser coerente em sua conduta moral.
- Cultivar a intuição.
- Ser alegre e criativo.
- Estudar sempre.
- Amar a tarefa e os evangelizandos.
Tendo em vista que a tarefa de evangelizar à luz do Espiritismo não combina com improvisações permanentes, mas circunstanciais, rotinas arcaicas e contraproducentes, relações competitivas com colegas, superficialidade na abordagem dos conteúdos, estratégias inadequadas e ausência de planejamento e engajamento, faz-se necessário repensar, continuamente, nossas práticas, sentimentos e nossa conduta.
Sem que a avaliação do que fazemos, como fazemos e do que somos, dificilmente, conseguiremos ser os evangelizadores de uma Nova Era, correndo o risco de estarmos usando ferramentas antigas, em situações que pedem novos recursos, abordagens tradicionais, com uma clientela que requisita conhecimento, criatividade e inovação. E o que é ainda mais preocupante, falando de esperança, amor, fraternidade e verdade, mantendo uma conduta marcada pelo desânimo, pelo ceticismo nos valores humanos e por uma desconfiança nos próprios conteúdos com os quais trabalha.
julho/2014
- Por Cezar Braga Said
http://www.mundoespirita.com.br/?materia=o-evangelizador-espirita-da-nova-era
INÍCIO DE ANO NA EVANGELIZAÇÃO
O EVANGELIZADOR ESPÍRITA DA NOVA ERA
Com seus doze séculos de dores e de trevas, o Cristianismo não foi uma era de felicidade para a raça humana; porém, o objetivo da vida terrestre não é a felicidade, é a elevação pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento; em uma palavra, é a educação da alma, e a via dolorosa conduz à perfeição mais seguramente que a dos prazeres.Se temos a certeza de que nosso planeta está entrando numa nova fase do seu desenvolvimento espiritual, com a chegada de Espíritos mais evoluídos, vindos de outras esferas e também com a reencarnação de Espíritos mais amadurecidos, que habitam nosso orbe, repensar nossas práticas educativas no centro e no movimento espírita é fazer o nosso dever de casa.
Léon Denis – Cristianismo e Espiritismo – cap. III.
Nesse contexto, ganha centralidade a figura educativa do evangelizador da infância e da juventude, tendo em vista a tarefa que desempenha junto às novas gerações.
O evangelizador espírita é um mediador, que problematiza os conteúdos do Evangelho à luz do Espiritismo, buscando aprimorar nos evangelizandos e em si mesmo os caracteres intelectuais e morais.
Seu trabalho é crítico, por excelência, devendo ser libertador e emancipador de todas as formas de ignorância, que atrelam o Espírito ao orgulho e ao egoísmo.
Em seu belo e profundo livro, Reflexões pedagógicas à luz do Evangelho, Sandra Borba, com sua larga experiência como evangelizadora e educadora, aponta alguns caminhos importantes que, a meu ver, sendo trilhados, podem contribuir para uma melhor formação desse evangelizador da Nova Era.
Ressalta a necessidade de se estudar criticamente o Espiritismo, ampliando nossa compreensão da Doutrina, do Movimento Espírita e da sociedade em que vivemos, atuando com visão de futuro.
Defende, em seguida, o imperativo do autoconhecimento para que haja autotransformação, sem que isso nos distancie dos problemas do mundo, no qual precisamos intervir, tendo em vista a nossa missão de Espíritos reencarnados na Terra. Este item ganha relevo quando pensamos que o evangelizador espírita, assim como todo educador, é um espelho, no qual se miram crianças e jovens.
Afirma que, no modelo de liderança de Jesus, reside a chave para as nossas lideranças situacionais, locais e regionais no Centro e no Movimento Espírita como um todo. Chave para abrirmos portas, desatarmos nós em nossas relações interpessoais, facultarmos espaços para a renovação em nossas fileiras, ancorados sempre no espírito de equipe exemplificado pelo Mestre.
Além desses indicadores iniciais, indispensáveis para o êxito do evangelizador espírita, Sandra sinaliza algumas características que, existindo ou sendo desenvolvidas na personalidade de quem evangeliza, poderão contribuir favoravelmente para que a evangelização decole rumo ao sucesso. Vejamo-las, com algumas modificações do texto original:
- Considerar o valor de cada pessoa e investir para que a criatura se perceba valorosa, ampliando seus horizontes e conquistas intelecto-morais.
- Conhecer as necessidades do grupo e das individualidades.
- Buscar a unidade do grupo em torno dos objetivos.
- Ser um estimulador de múltiplas aprendizagens.
- Exercitar a empatia no ouvir e no agir.
- Procurar ser coerente em sua conduta moral.
- Cultivar a intuição.
- Ser alegre e criativo.
- Estudar sempre.
- Amar a tarefa e os evangelizandos.
Tendo em vista que a tarefa de evangelizar à luz do Espiritismo não combina com improvisações permanentes, mas circunstanciais, rotinas arcaicas e contraproducentes, relações competitivas com colegas, superficialidade na abordagem dos conteúdos, estratégias inadequadas e ausência de planejamento e engajamento, faz-se necessário repensar, continuamente, nossas práticas, sentimentos e nossa conduta.
Sem que a avaliação do que fazemos, como fazemos e do que somos, dificilmente, conseguiremos ser os evangelizadores de uma Nova Era, correndo o risco de estarmos usando ferramentas antigas, em situações que pedem novos recursos, abordagens tradicionais, com uma clientela que requisita conhecimento, criatividade e inovação. E o que é ainda mais preocupante, falando de esperança, amor, fraternidade e verdade, mantendo uma conduta marcada pelo desânimo, pelo ceticismo nos valores humanos e por uma desconfiança nos próprios conteúdos com os quais trabalha.
http://www.mundoespirita.com.br/?materia=o-evangelizador-espirita-da-nova-era
INÍCIO DE ANO NA EVANGELIZAÇÃO
Boas Vindas - pequeno texto aos Pais ou Responsáveis.
Conversando com os Pais e Responsáveis -(Texto) Precisamos conhecer a criança para aprimorar sempre o nosso trabalho de evangelização.
Convocação e autorização para a frequências das aulas de "Catecismo Espírita"
TEXTOS
Bullying
Criança Ïndigo e Cristal
Mensagem de Blandina aos evangelizadores
O Adolescente: Possibilidades e Limites - Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira
Criança Ïndigo e Cristal
Mensagem de Blandina aos evangelizadores
O Adolescente: Possibilidades e Limites - Joanna de Ângelis - Divaldo Pereira
CURSOS
- Curso "Brincando e Estimulando a Criança"
- Apostila do Evangelizador (pdf)
- Plano curso unidade bersário I (pdf) Planos de curso e de unidade - Berçário I / Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza.
grátis |
- Apostila do Evangelizador
- Indicadores da Qualidade na Evangelização
- Artigos sobre Evangelização infantil
- A importância de fazermos o evangelhos com os filhos
- A importância dos filhos na evangelização
- A droga na infância
- Chacras
- Curso de preparação de evangelizadores
- Como contar história na evangelização infantil
- Crianças que bebem
- Como aproximar os adolescentes na casa Espírita
- Dificuldade dos pais se aproximarem dos filhos na adolescência
- O que é Evangelização Infantojuvenil? (FEB)
- Hábitos do bom evangelizador
- O que há por trás dos contos infantis
- O Evangelho segundo o Espiritismo para a infância e juventude vol I - Allan kardec
- O Evangelho segundo o Espiritismo para a infância e juventude vol II - Allan Kardec
- O Livro dos Espíritos para infância e Juventude vol I - Allan Kardec
- O Livro dos Espíritos para infância e Juventude vol II - Allan Kardec
- Primeiras lições de moral na infância
- Técnicas para evangelizar (apostila)
PPS
- Formas de Relacionamento entre pais e filhos - Carolina Von Scharten
- Saúde da Relação pais e filhos - Carolina Von Scharten
- A Educação e o Centro Espírita - Cláudia Werdine
MENSAGENS AOS EVANGELIZADORES
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua mensagem. Será publicada após aprovação.