Devemos ressaltar que não basta somente ser um profundo conhecedor do Espiritismo para ser um evangelizador, é preciso também um amor infinito, aliás, segundo Pestalozzi, o amor é o eterno fundamento da educação. O amor é condição sem a qual não se pode promover a Evangelização Espírita das novas gerações. Amor este que nos leva a trabalhar, diariamente, nossa reforma íntima, pois o evangelizador espírita deve ser aquele que, antes de falar, exemplifica; antes de teorizar, sente e antes de ser um educador, é um ser humano.
O amor pressupõe renúncia, dedicação, fé, perdão sincero, perseverança, entre outros sentimentos de igual valor, para que se concretize a obra de educação dele fundamentada.
Quando, como educadores, começamos a enumerar dificuldades, obstáculos instransponíveis, problemas pessoais e circunstâncias impeditivas à completa realização da nossa tarefa, significa que ainda não somos capazes de amar no sentido pleno desta palavra. Meditemos nisso!
“Caros Evangelizadores,
Fomos convocados a realizar uma obra específica no campo do bem, cujo Mestre e responsável maior pela sua execução coloca ao nosso alcance os recursos necessários, respeitando, porém, a nossa disposição de agir.
São poucos, por hora, os que dispõem à ação. Mas já aprendemos com Jesus a lição do fermento que á capaz de levedar a massa toda! Sejamos o fermento pela força da nossa convicção e da nossa certeza na excelência da tarefa a que nos propomos.
Outros se juntarão a nós, se dermos o exemplo da perseverança e da fidelidade aos princípios estabelecidos para este trabalho pelo Cristo de Deus. O nosso exemplo pode arrastar multidões pela força que lhe é intrínseca, pelos objetivos que norteiam a tarefa.
Quem caminha rumo à espiritualização, com certeza não caminha só, como também, em boa companhia. Quem não desiste no meio do caminho, encoraja os que o acompanham a prosseguir, colaborando para que a caravana não se enfraqueça e siga, unida, até o fim.
Perseverar no trabalho anônimo e produtivo que não recebe os aplausos do mundo, porque não fica na evidência social, é dar testemunho de alta compreensão dos planos de Jesus, relativos à nossa melhoria espiritual. A tarefa de evangelização da criança e do jovem é um desses trabalhos. Plantar, na mente e nos sentimentos da nova geração, a semente de uma sociedade altruísta é investir no futuro, com apreciáveis possibilidades de êxito.
Para tanto, necessita o evangelizador estar convencido da importância e do alcance do seu trabalho, condição sem a qual não terá forças suficientes para enfrentar os obstáculos de várias naturezas que comumente se antepõem às nobres realizações.
Fortificado no seu ideal, poderá o evangelizador cumprir tarefa socioespiritual de grande valia e arrastar, com seu exemplo, aqueles que, embora ainda indecisos, se inclinam a seguir um bom modelo.”
(Cecília Rocha, Pelos Caminhos da Evangelização – FEB.)
Bibliografia:
Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB
Pelos Caminhos da Evangelização − Cecília Rocha – FEB
Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB
O Livro dos Espíritos −Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri
Entrevista com Divaldo Franco – A Importância da Evangelização – IDE
agradecimento à Claudia Werdine
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