terça-feira, 12 de outubro de 2021


TRÊS DIMENSÕES DO CONHECIMENTO: 

Um jeito de aprender Espiritismo ou qualquer outra coisa. Baseado em comunicações mediúnicas do Hans, esses três fascículos apresentam um modo simples e prático de aprender e transmitir conceitos espíritas ou outros conhecimentos, que nós utilizamos nos nossos cursos espíritas e também são parte importantíssima do Projeto Filosofia Espírita para Crianças.

Acesse aqui: Fascículo 1. Fascículo 2. Fascículo 3.


Transcrevemos para leitura antes de baixar

FASCÍCULO 1



 




Um conhecimento qualquer só se torna eficiente e aplicável quando nós somos capazes de encontrar boas respostas para essas três perguntas.



Vejamos um exemplo:

O que são FLUIDOS, segundo o Espiritismo?

Resposta: São tipos de matéria em estado imponderável, que têm algumas propriedades e podem assumir qualidades.

Como funcionam os FLUIDOS?

Resposta: Os fluidos se expandem, se contraem, conduzem pensamentos, emoções e sentimentos e adquirem qualidades daquilo que conduzem; são maleáveis, penetram e atravessam a matéria densa etc.

Para que servem os FLUIDOS?

Resposta: Levam e trazem pensamentos, emoções e sentimentos. No mundo espiritual, eles forma roupas, objetos e outras coisas que os Espíritos utilizam. No mundo material, servem para influenciar e ser influenciado.



DOS CONHECIMENTOS COMO FERRAMENTAS

Rubem Alves tem uma interessante teoria sobre educação:

De que o ser humano caminha pela vida com duas caixas, uma de ferramentas e outra de brinquedos.



As ferramentas são instrumentos úteis que nos dão o poder de agir para melhorar nossas vidas, como os diversos saberes, as habilidades, as técnicas. Já os brinquedos são aqueles objetos aparentemente inúteis, mas que tornam a vida digna de ser vivida: a beleza, a alegria, a arte, a poesia, a música, a contemplação da Natureza...

Ferramentas, então, são conhecimentos importantes para a construção de uma vida melhor, com mais consciência, saúde e felicidade.

***

Falando em ferramentas, pense num alicate. De que serve possuir um alicate e não saber o que ele é, como funciona e para que serve? Quando isso ocorre, por mais que ele  pudesse ajudar você a consertar coisas e resolver problemas, ele não passa de um objeto inútil.

Agora: quais conhecimentos podem ser considerados ferramentas úteis para nosso entendimento da vida e tomada de boas decisões, diante do escopo de Educação Espírita?

Os princípios do Espiritismo!

 

A caixa de brinquedos, texto de Rubem Alves, disponível em

https://www.psicologiasdobrasil.com.br/a-caixa-de-brinquedos-por-rubem-alves


FASCÍCULO 2



Hans é um amigo espiritual que nos acompanhava em palestra e eventos para educadores, além de comparecer às nossas reuniões mediúnicas. Ele propõe que todo conhecimento útil – que pode ser usado como ferramenta – tem três dimensões, representada por três pergunta: 

O QUE É? 

COMO FUNCIONA?

PARA QUE SERVE?



 

Já observou que quando pergunto “O que é", estou buscando uma definição ou conceito e que quem faz isso é a FILOSOFIA? 

A filosofia busca respostas que a Ciência atual ainda não consegue oferecer, usando para isso a reflexão, a lógica, o diálogo e as inferências válidas.

Quando pergunto “como funciona?”, estou no campo da observação e/ou da experimentação e esse é o campo da CIÊNCIA!

E quando pergunto “para que serve?”, estou pensando sobre resultados, consequências, intenções e finalidades. Veja que isso nos remete ao terreno da MORAL!

Os princípios do Espiritismo formam uma rede de interrelações conceituais que compõem, para aquele que os conhece, uma solida base filosófica e ética para a vida. E ao mesmo tempo eles integram a Filosofia com a Ciência e a Moral, numa compreensão profunda do Universo e de nós mesmos enquanto participantes do Universo, criaturas divinas.

A Codificação Espírita se inicia numa conceituação revolucionária de Deus, em O Livro dos Espíritos, questão 1. Revolucionária, por quê?  Porque descarta as características humanas que foram atribuídas ao Criador, presentes em muitas visões religiosas, e o apresenta dotado de atributos que ajudam a conceber a infinita inteligência bondade e justiça que se expressam nas leis naturais.

E ela continha nos oferecendo um conjunto de princípios básicos -, os quais, uma vez conhecidos e vivenciados, geram em cada ser uma profunda transformação pessoal e moral.

Conhecer esses princípios é o primeiro passo importante para iniciar um profundo e sólido processo de transformação em nosso pensar, sentir e agir.

Contudo, é preciso apropriar-se dos conceitos não apenas intelectualmente, mas verificando as implicações e consequências. É preciso conseguir operar com eles, pensar com eles de modo que se torne um hábito. E aqui entra a ideia de ferramenta: pensar com os princípios é usar essas ferramentas da forma correta para chegar a uma conclusão, solução ou resposta que não apenas satisfaça o intelecto, mas conforte o sentimento.

Para adquirirmos não só o conhecimento, mas a possibilidade de raciocinar e de escolher com base nos princípios do Espiritismo, precisamos de alguns dados essenciais sobre cada um deles, os quais se resumem nas questões propostas por Hans: O que é? Como funciona? Para que serve?

VAMOS TENTAR ISSO COM UM PRINCÍPIO?

Retomando a analogia com o mundo das ferramentas, vejamos: de que serve possuir uma chave ou martelo e não saber o que é, como usar e que tipo de problemas pode resolver?



De que adianta ter uma vaga noção sobre Deus (princípio básico do Espiritismo), mas sem saber o que é, como funciona e para que serve?

Vamos então buscar na Codificação e em nossos raciocínios, essas resposta:

Que é Deus (princípio básico)? A inteligência suprema que causou a existência do Universo, Nada existiu antes dele, ou aquilo que antecedesse é que seria Deus.

Como Deus (princípio básico) funciona? Deus criou dois elementos fundamentais: espírito e matéria. Espíritos surgiram do elemento espiritual. O elemento espiritual se liga à matéria para evoluir. Deus criou leis imutáveis que regem o progresso de suas criaturas. Ele sempre age com bondade e justiça, visando a evolução e a harmonia do Universo.

“Pra que serve” Deus (princípio básico)? Para que os Espíritos tenham confiança nos processos do Universo e certeza do Bem acima de tudo. Para que se sintam amparados por um poder superior em momentos  complicados da existência, para que tenham certeza da justiça e não queiram fazê-la com suas próprias mãos, para que se sintam seguros sob o seu governo sábio...

Um estudo de Espiritismo que se pretenda renovador das criaturas necessita fornecer essa base primeira, somada aos princípios da reencarnação, livre-arbítrio, consequências naturais, mediunidade e outros, encadeados por uma relação lógica e funcional. Esse aprendizado nos torna realmente conscientes de nossa essência espiritual, das razões de nossos desafios e dos meios de melhorar a nós mesmos, melhorando nossas escolhas e nossa vida. Como conseguimos isso? Num estudo profundo e, ao mesmo tempo prático, que nos apresente os princípios do Espiritismo como ferramentas para uso imediato na conquista do equilíbrio e da paz íntima, que resulta em relacionamentos melhores, lares melhores, lugares melhores...


FASCÍCULO 3

O QUE É MÉTODO DAS 3 DIMENSÕES DO CONHECIMENTO?

É uma abordagem do conhecimento que parte de três informações básicas sobre um conceito ou um objeto da nossa realidade – o que ele é como funciona e para que serve.

PARA QUE SERVE ESSE MÉTODO?

Esse método serve para nos capacitar a apreender intelectualmente um conceito ou objeto e, ao mesmo tempo, conseguirmos operar com esse conceito ou objeto.

Assim ele se torna um conhecimento prático.

Legal, Rita! A gente já entendeu até aqui.




As questões básicas propostas por Hans foram transformadas por ele mesmo, numa das nossas reuniões subsequentes, em compreensão prática e dinâmica dos três aspectos do Espiritismo que são inerentes a todos os seus princípios.

O que é: O campo onde as coisas se definem, correspondendo ao aspecto filosófico;

Como funciona: O campo onde as coisas são observadas e experimentadas, ao aspecto científico;

Para que serve: O campo onde as escolhas são feitas, ao aspecto moral.

Essas ações são componentes da nossa vida cotidiana, O tempo todo, estamos definindo, observando ou experimentando e, a partir de então, fazemos escolhas. Às vezes, invertemos a ordem: primeiro observamos e experimentamos, depois definimos para, finalmente, escolher.

E onde entram os princípios do Espiritismo?

Os princípios do Espiritismo são ferramentas que aplicamos para pensar a vida, para compreender o funcionamento das leis divinas e para fazer escolhas, uma vez que temos eles têm decorrências morais.

Precisamos conhecê-las com precisão e profundidade.

Precisão para entender o que esta escrita nas obras de Kardec sem adições, achismos e interpretações pessoais.

Profundidade para chegar às suas bases na Codificação Espírita e par compreender as suas consequências em nossa jornada terrena.

Aplicamos o conhecimento dos princípios à nossa vida prática quando

1 percebemos a integração dos três aspectos do Espiritismo – filosófico, científico e moral – e o modo como eles se estão presentes em nosso cotidiano em cada percepção, ação e decisão;

2 e quando conseguimos relacioná-los aos acontecimentos e à nossa própria postura diante deles, passando a fazer escolhas melhores.



COMO FAZER ESSA INTEGRAÇÃO DOS 3 ASPECTOS EM NOSSAS VIDAS?

A filosofia tem dois exercícios importantíssimos de aprendizado e desenvolvimento: a reflexão e o diálogo.

Aliados à vivência prática, que oportuniza as observações e experimentações, reflexão e diálogo criam experiência de aprendizagem, de desenvolvimento intelectual e espiritual.

Quer dizer que podemos fazer isso internamente ou num grupo. Em grupo, contudo, esse aprendizado costuma ser mais estimulante e produtivo.

Mas como enxergar os três aspectos quando estão misturados numa situação ou num texto?

Aprendemos isso com a Cristina Helena Sarraf. Ela nos ajudou a identificar filosofia, ciência e moral primeiramente, nos textos da Codificação. E fazíamos, então, um exercício de grifar os trechos que eram definições (filosofia), que traziam observações ou experimentações (ciência) e os que abordavam consequências (moral).

Hans, por sua vez, propôs fazer-se um exercício, com esses trechos grifados. Nós deveríamos verificar nos textos em estudo, dali por diante (e na codificação) quais partes abordavam aspectos filosóficos (que contém definições), científicos (que se referem a fatos observados) ou morais (com análise de consequências).

Temos aqui um exemplo, texto de Gilberto (Esp.):



Hans sugeriu que recortássemos esses trechos para organizá-los, colando em três páginas, como mostra a figura abaixo:



Quando copiamos as frases destacadas no texto e reorganizamos em três blocos de texto (isso está muito mais fácil hoje, graças ao Ctrl+C/Ctrl+V), temos o seguinte resultado:

Falar o que se pensa é maravilhoso. Os efeitos são impalpáveis. Somente a resposta amorosa é digna dos que intentam se inscrever na escola do Mestre.

Existe a palavra que derruba e a palavra que levanta, a que fere e a que desperta.

(O falar) tem de vir acompanhado do cuidado ao falar. Nos sentimos no direito de atingir o outro que não conhecemos e que não podemos julgar, com palavras. É preciso cautela para não cair nas armadilhas do orgulho, respondendo à agressão com agressividade.

Fazendo isso, apreendemos o significado do texto e o seu sentido prático. Nós nos apropriamos dele de modo a não só entender o que as palavras significavam, mas também como participam de nossa experiência humana.

Você está convidado (a) a fazer suas próprias experiência e observações sobre esse método. Espero que ajude você imensamente!

Grata pela atenção Rita Foelker

 

 

Rita Foelker pelo espíritos de Hans

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Amélia Rodrigues